Clube Literário do Porto à beira do fim


Foi lugar de muitos encontros poéticos, literários, musicais. O Clube Literário do Porto existe há sete anos, foi criado por Fernando Augusto Morais, empresário e político, eleito nas listas do PSD para a Assembleia Municipal do Porto. O edifício e seu espólio são valiosos e fazem parte do património da Fundação Dr. Luís Araújo. Com a morte de Fernando Morais, a responsabilidade da instituição passou para as mãos do filho, arquitecto Cláudio Morais. Sem divulgação anunciada, soube-se há semanas que o Clube ia proceder ao encerramento das instalações. A maior parte das empregadas pagas a recibo verde já foram despedidas e agora, apenas uma pessoa assegura a abertura e fecho das instalações, situadas na marginal do Porto, bem próximo da igreja de S. Francisco.
Ontem, quando Madalena Sá e Costa entrou no Clube Literário do Porto, mais o numeroso grupo de amigos e admiradores depararam com um cenário desolador: as prateleiras da livraria já estavam quase vazias e nas paredes já não existiam os cobiçados quadros e pinturas a carvão do Mestre José Rodrigues. “Nem esperaram pelo fecho da casa para os levar”, ouvi de um frequentador habitual do Clube.
No dia 31 de Março de 2012,  o recuperado edifício de três pisos e onde entrei vezes sem conta para ver exposições, assistir a concertos, ler um livro ou simplesmente, tomar café irá encerrar as suas portas. Com chave de ouro e com um concerto memorável oferecido pela violoncelista Madalena Sá e Costa.


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