As Virtudes de uma Escola


O Passeio das Virtudes, em plena Zona Histórica do Porto não é só um dos sítios mais bonitos da cidade, lugar onde é possível admirar deslumbrante paisagens, mais o jardim único (das Virtudes) projectado em socalcos, autêntica varanda sobre o Douro. Na mesma artéria, onde dantes existiu uma antiga fábrica de guarda-chuvas funciona a Escola Artística e Profissional Árvore/Escola das Virtudes, cujos cursos abrangem diversas áreas do saber artístico e profissional como Conservação e Restauro (variante Pintura), Design Gráfico, Multimédia, Animação 2D e 3D. Hoje, a Escola das Virtudes começa a festejar 30 anos de existência e as celebrações prolongam-se até ao dia 25 de Maio. Exposições, projecção de filmes e documentários, uma mostra cronológica da produção gráfica da Escola e outra de gravura com trabalhos de Henrique Silva, Siza Vieira, José Rodrigues, Fernando Lanhas e Ângelo de Sousa, fazem parte do vasto programa de celebrações.
“Vamos aproveitar a efeméride para evidenciar a importância do ensino profissional e artístico, bem como envolver a comunidade local nos diversos projectos nacionais e internacionais.  As exposições vão desenrolar-se não só nos espaços disponíveis da Escola, mas também no quarteirão urbano da zona das Virtudes. Queremos mostrar à cidade o trabalho e o prestígio alcançado pela Árvore ao longo de 30 anos”, diz Francisco Silva, professor e presidente da Escola das Virtudes.
Além de projecções multimédia, lançamento do concurso de fotografia, edição de catálogos, entre os quais,  um alusivo à exposição dedicada a Tomás Dias/técnico de gravura e outro intitulado Carlos Amarante e a Igreja de S. João das Taipas,  as comemorações compreendem visitas guiadas, concertos, performances, debates, realização de um mural alusivo aos 30 anos da Escola, vários projectos educativos relacionados com o meio geográfico, social, cultural e urbano deste estabelecimento de ensino artístico do Porto.
A Escola das Virtudes tem cerca de 400 alunos, muitos deles provenientes dos países africanos de expressão oficial portuguesa, oito cursos artísticos. E uma história de sucesso no panorama nacional do ensino artístico e profissional que, mesmo em tempo de crise, procura inovar, criar e alargar horizontes.
 

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