Só sabia da existência de Bissalanca através do mapa da
guerra colonial. Ontem, percorri a labiríntica estrada situada junto à Base
Aérea de Bissalanca e pelo caminho observei carrinhas cheias de pessoas transportando
dezenas de bidões para a colheita de vinho de caju, um formigueiro de gente a
pé, homens e mulheres com crianças às costas. No meio da floresta, vários
edifícios construídos com o apoio da comunidade indiana acolhem três dezenas de
rapazes com idades compreendidas entre os 9 e os 18 anos. Toda a gente aqui tem
uma função. Depois do estudo, os jovens são incentivados a trabalhar na agricultura,
vão ao campo colher mancarra (amendoins) e tudo que é possível plantar, tomates,
abóboras, papais, bananas. Outros, ajudam na pecuária, nas pequenas lides
domésticas, tratam de fazer a cama e manter os dormitórios limpos. Aprendem o
abc da vida. No futuro e caso existam apoios estão previstos espaços destinados
ao ensino especial e um lar para deficientes motores. Uma vez mais, a obra
nasceu através do sonho. E esforço desenvolvido pelas missionárias da Casa
Emanuel.
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